terça-feira, 20 de novembro de 2007

The end...

It's the end.
Cheguei a casa, vindo de um concerto de Marilyn Manson. O concerto certo no dia certo. No dia do fim, no dia em que desisti do sonho. No dia em que de facto os meus sentimentos tremeram, no dia em que vi a esperença pela qual lutei nos últimos meses, desaparecer, sem bem saber como.
Como é volátil vida, ainda há pouco mais de uma semana atrás tinha uma vida repleta de projectos à minha frente e de repente tudo se esfumou.
Como eu gostaria de ser correspondido, como eu gostaria que demonstrassem afecto e carinho por mim, como eu gostaria que o mundo me desse um pouco do que dou a ele, do meu esforço, da minha dedicação, das minhas preocupações por quem gosto.
É assim tão dificil ser feliz?
Que sensação esta de me sentir esquecido num mar de memórias.
Não sei quem perde mais, se os outros, se eu na pedra insensível que me tornarei para não sofrer mais com as decepções.
Adorava que alguém lutasse por mim, como eu persegui os meus sonhos.
Sempre o fiz. Mas acho que nunca ninguém o fez realmente por mim.
Não sei se alguma vez isso irá acontecer.
Não sei sequer se no fim me sentiria na plenitude da felicidade com issso, mas pelo menos gostava que uma vez tudo fosse ao contrário, que fosse eu o desejado.
Sinto-me incapaz.
Sinto-me impotente perante a injustiça que se me depara.
Estou cansado, estou farto, estou exasto. E ao mesmo tempo sinto que tenho tanto para dar. É com muito lamento que não consigo dar a mim próprio. Passo as mãos na face, tento-me reconhecer. E pergunto-me....porquê?
Será que não existem almas gémeas? Será tudo uma ilusão?
Será que não vale a pena fazer um esforço e tentar compreendermos,
Por vezes acho que a felicidade celestial passa mesmo ao nosso lado, mas os nossos olhos não a veêm, estamos ocupados com outras coisa secundárias, e não damos relevância , aquilo que seria realmente importante e crucial para nós.
A vida passa tão rápido. E quanto mais vivemos, cada minuto, a cada segundo, perde um pouco de si mesmo, reduzindo exponencialmente o tempo que nos foge.
Irei procurar cada milésimo de segundo que me falta percorrer, na esperança que seja melhor que os passaram.
Sempre quis o melhor para todos, em prol que se calhar seria melhor parar mim.
Talvez sempre tenha esperado mais do que aquilo que as pessoas podem dar, mas sou assim, é a minha natureza. Sempre pensei que podia obter no minimo metade daquilo que dou.
Não é verdade
Perdi a fé, a esperança de lutar seja porque for.
Confesso. Desisto. Dou a minha parte fraca como ser humano. Choro. Sinto as lágrimas percorrem-se o rosto chorando...nem sem bem o quê...
A vida passa tão rápido. Hoje estamos cá, amanhã não sabemos. Hoje somos carne, amanhã somos pó.
Nem todos têm a mesma disponibilidade, o mesmo sentido de corresponder aos outros.
O ser humano não foi definitivamente feito para estar sozinho.
Mas eu estou...mais que nunca.
A estrela que me iluminava, moveu-separa outro universo, outra galáxia.
E a vida não é eterna.....

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