domingo, 2 de dezembro de 2007

O meu Natal....

Neste fim de semana, tranquilo, calmo, onde deu para hoje ir com a Beatriz, passear à beira-mar, e sentir um sol pouco habitual para esta altura. O mar muito agitado, contrastava com o momento pacificio que ainda assim o cenário nos oferece.

Aproxima-se o Natal, e este, será bem diferente dos ultimos dois anos.

Há dois anos, estava ainda casado, e a reunião familiar de consoada, era sempre uma azáfama, sobretudo por causa das prendas, algo que sempre manifestei o meu desadgrado, pelo consumismo existente, e pela quase lei da obrigatoriedade de a todos dar prenda, o que implica dar algo excessivamente acima do preço que no conjunto se deveria gastar, ou na maior parte dos casos, dar algo por dar, algo que as pessoas não necessitam nem precisam para serem felizes.

O ano passado foi um Natal bem diferente, e espero que único. Junto da família mais próxima, em número bem mais pequeno, reduzida pelo divórcio e pela morte de pessoas intimas, e pelas condicionantes do momento, sem a minha filha.
Lembro-me que à meia-noite, de 24 para 25, me encontrava a conduzir sozinho, algures perdido entre Benfica e a Pontinha, para ir dormir a uma casa que não era a minha, num sofá onde cedo me deitei. A única alegria nesse momento foram uns sms's cheios de sentimento e saudades trocados, com alguém que possivelmente não se irá repetir este ano. Na altura uma das mensagens recebidas, recordo como se fosse hoje, foi: "Para o ano já vai ser bem diferente". De facto vai ser, mas longe do pensamento da altura.

Este fim de semana, tive a confirmação de que a ceia de Natal, será passada na minha casa. Fico feliz com isso, e com a certeza de que terei o prazer de receber 11 pessoas, a minha familia mais próxima que tenho, incluindo a Beatriz. O facto de ela estar presente, de ter uma àrvore de Natal feita a dois, nesta casa que desde Fevereiro é o meu espaço, e que a muito custo, e com mágoas no meio, fui conquistando ao longo do último ano.
A àrvore, a lareira acesa, um sorriso de uma criança, devolvem-me muito do verdadeiro espírito natalíco que já tinha perdido.

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