segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
O balanço...
O passado está lá e esse já não mudará nunca, o futuro sim, está nas nossas mãos fazer com que seja diferente, sempre para melhor.
Neste último ano aprendi muito:
1) A pessoa mais importante para nós, somos nós próprios, e se não estivermos bem ou se pensarmos em demasia nos outros, a médio prazo quem será prejudicado somos nós mesmos.
2) Saúde. É preciso é saúde para viver cada dia, sem ela nada mais faz sentido, sem ela não há amor, amizade, alegria, vida. É o que eu mais desejo para mim e para todos aqueles que gosto.
3) Somos todos diferentes, todos iguais. Embora muitos de nós caminhos na mesma direcção, pode-se chegar ao destino por caminhos diferentes. Há que respeitar, compreender, e aceitar isso.
4) Praticamente um ano depois do meu divórcio, continuo a verificar, a validar, que são as coisas mais simples da vida as que muitas vezes mais nos preenchem. Não são os locais, o tempo ou as coisas que são nos fazem felizes, são as pessoas e o momento.
5) A vida não é fácil, nunca foi, nunca o será, por isso, não vale a pena complicar ainda mais.
6) Os bons amigos são bons por isso mesmo, podem estar mais ou menos distantes, mas nos maus momentos, estão lá sempre. O tempo é sem duvida um óptimo ingrediente para distinguir o trigo do joio. Uma amizade nunca pode ser cobrada nem exigida. A amizade é a forma mais simples e gratuita de relacionamento recíproco.
7) Para quem é pai, o sorriso de uma filha, o amor existente sobre uma relação de amizade e cumplicidade unica, é tudo.
8) É o ultimo algarismo do ano que aí vem. Para os orientais o 8 é um numero de sorte, de coisas boas, de fortuna. Espero que assim seja para todos.
UM FELIZ ANO DE 2008.....(e os seguintes também)
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 28-12-2007
''A Beleza das coisas está no espírito de quem as contempla''
(David Hume)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 26-12-2007
S. Francisco de Sales
Musica de hoje: Billy Mack - Christmas is all around
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
O Natal é das crianças...
O Natal é das crianças, e enquanto as houver, deve existir e ser fomentada a alegria e confraternização, deve ser transmitida a importância do conceito da família, deve ser possivel oferecer, por vezes com as coisas mais banais, um mundo de fantasia, um mundo de côr e amor, às crianças.
Nós já fomos crianças e haverá algo mais importante e satisfatório que receber prendas, e encontrar o tal brinquedo que tanto sonhávamos ter?
Se conseguirmos proporcionar isso a uma criança, essa é também a nossa prenda.
Ao ver a felicidade de uma criança nesse momento, os nossos olhos, o nosso pensamento, o nosso coração é invadido por uma felicidade silenciosa, um sorriso interior que nos preenche e nos deixa algumas vezes mais feliz do que...a própria criança.
A noite acaba, as lareiras apagam-se, as chaminés fecham-se, os pais natais e as suas renas voltam para o frio de onde vieram, e nós....nós adormecemos em paz e satisfeitos por termos cumprido a missão principal do Natal.
Oferecer felicidade na sua forma mais pura e mais dificil, a de realizar sonhos, a de concretizar desejos. Eu cumpri a minha missão. Estou feliz.
Nós já fomos crianças, e é uma pena que a maior parte das pessoas o deixe de ser. Deviamos sempre preservar uma criança dentro de nós. Uma criança tem sempre esperança, uma criança acredita sempre que é possível, uma criança não vai buscar os impossiveis para negar algo, mas sim os possiveis para que tudo aconteça.
E o acordar de uma criança da manhã seguinte à consoada, e ver que as prendas, não foram um sonho nocturno, que estão mesmo lá, que lhes podem tocar e com elas brincar. Haverá algo melhor do que isso?
Esse é o Natal que quero....e que tive.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
É Natal...
Aprecio o gesto das pessoas, mas eu decidi que não responderia à maior parte.
Quem me conhece sabe bem como sou, e como eu desejo todas estas coisas que se escrevem agora, ao longo de todo o ano.
Hoje, noite de consoada, para mim muito importante, não pelo Natal, mas por aquilo que o jantar irá representar, passar este Natal com a Beatriz, ter grande parte da família na MINHA casa, tudo muito diferente de há um ano atrás.
O dia...perfeito...um céu azul lindo que me deixa logo bem disposto.
Hoje...lá em casa...a lareira vai estar acesa.
Uff.....
No que diz respeito ao mestrado, os dois exames correram bem acima das expectativas, como muita sorte e ajuda à mistura.
No trabalho, quantidade enorme de pequenos pormenores a ter em conta, por causa do fim do ano, a requerer um grau de atenção elevado.
E saídas, jantares e diversão, acontecimentos típicos desta quadra, sempre com grupos de amigos diferentes, a servirem por um lado para me deixarem fisicamente mais cansado, por outro, óptimos para descomprimir.
Pensamento do dia 24-12-2007
A natureza tem perfeições que mostram que é a imagem de Deus, e defeitos que mostram que é apenas a imagem |
Blaise Pascal |
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 21-12-2007
(Andy Warthol)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 20-12-2007
As conquistas são fáceis de alcançar, pois fazemo-las com todas as nossas forças; mas são difíceis de conservar, uma vez que apenas as mantemos com uma parte das nossas forças |
Baron de Montesquieu |
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 19-12-2007
Mais um texto:
FELICIDADE REALISTA
(Mário Quintana)
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor?
Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando, isso é pensar pequeno: queremos AMOR maiúsculo .
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção.Quem tem, precisa aproveitá-lo,gastá-lo,usufruí-lo.
Não perder tempo juntando,juntando,juntando.Apenas o suficiente para se sentir seguro,mas não aprisionado.E se a gente tem pouco,é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor,um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas,trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar
É importante pensar ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 18-12-2007
(Mahatma Gandhi)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Musica de hoje: Jimmy Cliff - I can see clearly now
domingo, 16 de dezembro de 2007
The Doors e a Bussola Dourada
O dia acabou mal, por uma semi-distracção minha, que tive um acidente com o carro, indo embater noutro, a pouco mais de 100 metros de casa. A Beatriz ainda se assustou ao inicio, mas não houve problema, só danos materiais, e algumas chatices claro agora para resolver, apesar de declaração amigável, sendo eu o culpado. Para ela, fica uma história para contar, e o exemplo prático para todos de que, mesmo que o trajecto seja pequeno, vale sempre a pena por o cinto.
Domingo foi a festa de natal da escola dela, onde ela esteve brilhante a cantar no seu papel de estrela.
À noite, acabei por ir ao cinema, e tive de puxar pelas gavetas do meu arquivo de memória, para me recordar da última vez que foi ao cinema sozinho, e foi em...1991!
Na altura (tal como hoje), fan de Doors, fui ver com mais alguém o filme deles realizado pelo Oliver Stone, e com isso apenas aumentou o meu interesse por essa pessoa singular de nome Jim Morrison. Comprei a biografia dele, li, e fui então novamente, desta feita sozinho, ver novamente o filme, que depois de ter lido o livro, foi como se visse um filme diferente.
Hoje, após uma semana e meia muito intensa e preenchida, ao nivel das relações pessoais, do exame do mestrado, do trabalho pelo fim de ano que se aproxima, e pelo ultimo fim de semana antes do natal, senti necessidade de ir descomprimir. Mesmo sem companhia, decidi aventurar-me e ir sozinho. Confesso que foi estranho, mas no fim, até acho que correu bem, sobretudo se a pessoa chega em cima da hora e o filme não tem intervalo, sente-se menos o facto de estarmos sós. O filme, a Bussola Dourada, uma história de fantasia, o ideal para distrair, mas nada de especial.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Bom dia galera...
Está um frio de rachar, mas uma boa disposição imensa pelo brilho que um céu azul e este nosso sol proporciona. Adoro.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Musica de hoje: Bob Dylan - Blowin'In the wind
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Plágio III - Amigos......
Amigos...
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça...
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Martha Medeiros
sábado, 8 de dezembro de 2007
Plágio II
"Parece tudo tão simples, assim visto à distância. Os problemas dos outros são sempre tão fáceis de resolver...
Na altura em que eu ainda sonhava com castelos de areia achava que o amor era tudo. Vencia tudo. Superava tudo. Hoje, com 32 anos, percebo que esse "pequeno grande sentimento", que devia vencer e superar tudo, não o faz. E às vezes perdemos aquela pessoa... apenas por circunstâncias da vida. Uma estupidez!
Eu até percebo que nem tudo pode ser fácil. Se queremos um trabalho, temos de batalhar por ele. Se queremos um pouco mais de dinheiro, temos que lutar por isso. Se queremos uma casa melhor ou umas férias no estrangeiro, é preciso abdicar de alguns gastos supérfluos.
Mas, bolas... ter de lutar por um amor? Por uma amizade? Isso não faz sentido. As pessoas só são amigas, só gostam e só amam... porque sim! Não se explica, sente-se! Então, se se sente... não é preciso "lutar por", certo? Está lá. É teu. É sentido e não ganho.
Eu gosto das pessoas porque gosto. Estou ao lado delas porque é aí que me sinto bem. Não espero nada em troca. Sinto porque sinto. E faz-me confusão quando oiço alguém dizer que vai "lutar" pelo amor de outrem.
Por isso, se duas pessoas gostam... deviam estar juntas. Ponto final. Tudo o que é emocional devia ser tão simples quanto isto. As complicações ficariam para o resto."
Musica de hoje: Vanusa - Eu sobrevivo
Como a Lareira aqui é para ser diferente, a música de hoje, é uma versão em Português do original aqui mencionado.
Ai o barulho das luzes....
Quinta-feira, fui para o meu último dia de aulas do mestrado antes dos exames. Esperei entretanto por um sms para ir ter com uma pessoa a seguir, mas quando saí tinha outro a convidar para jantar. Uma amiga minha acabou naquele dia os exames de um pór-graduação, e disse para eu ir jantar com ela e as colegas. Apesar de cansado do dia trabalho, cheguei a casa e pensei....why not? Já tinha comido no intervalo das aulas, mas ir ao restaurante e conversar um pouco, conhecer novas pessoas, iria fazer-me bem. Liguei, vieram-me buscar e fui. Um restaurante girissimo no Bairro Alto (As Salgadeiras), na mesa ao lado jantava o Zé Pedro dos Xutos & Pontapés, calmo e divertido entre amigos, antes do duplo concerto deste fim de semana.
Na nossa mesa, o tempo passou rápido, pois era tudo malta porreira. Ao sair, perante o convite para ir para o BBC, respondi que não ia, mas se fosse para beber um copo no Bedroom, ainda ia, pois já era quase 1h da manhã. Lá fomos e o chegar, dois amigos meus, do meio profissional. Foi uma festa. O mundo é pequeno, e um deles, do Porto, conhecia uma das amigas que estava comigo, que também era de lá. O ambiente estava bom, resultado, saimos de lá quando fechou, depois das 4h. Deitei-me 4h30, 6h45 estava a acordar. Foi um pesadelo.
Sexta-feira, à noite, sabia que ia ter o jantar de natal da empresa, então na hora de almoço (e depois de fazer uma visita à Beatriz na escola dela) fui para casa dormir uma hora. Melhorei ligeiramente, da falta de sono e da ressaca. :))
No jantar, senti-me a desfalecer, mas aguentei. Num jantar de 400 pessoas, acaba-se por conhecer mais pessoas. Saimo do CCB para um bar perto de Santos. Aí tive de me sentar e dizer, vou para casa que me estou a sentir fraco. Mas, ainda me convenci a ir para o Plateau.
Resultado, pela primeira vez encontrei a minha ex-mulher na noite. Tudo normal, mas preferi ir com o grupo com quem estava para o outro lado da pista.
Foi divertidisimo estar com os meus colegas de trabalho, com quem passo todos os dias, tudo junto a beber uns copos, e eu, sem nada beber, sem ser àgua, mas movido pelo velhos exitos do Plateau, lá me fui mantendo até novamente às 4h30!!
Um dos meus colegas afogado em cerveja, estava mesmo no estado limite, mas acabou tudo por correr bem. Eram quase 5h30 quando me deixaram em casa.
Estava a precisar de umas noitadas assim. Convidaram-me, pessoal que conheci ontem, para ir outra vez hoje....mas...vou ficar em casa...ou não...quem sabe....ehehe
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Pensamento do dia 6-12-2007
As pessoas fogem da solidão quando têm medo dos próprios pensamentos.
(E. Veríssimo)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Musica de hoje: Christopher Cross - Arthur's Theme
São 28...
Ballet....
O tempo passa rápido, e já concordo com aquelas frases típicas de pais e de avós : "São vocês que nos fazem velhos".
Sem dúvida, parece que foi ontem que ela nasceu, e hoje vê-la assim, bailarina dos meus olhos e dos meus sonhos, faz-me sorrir e chorar de alegria.
Preocupamo-nos, embirramo-nos, chateamo-nos, queixamo-nos, de tanta coisa no dia a dia, quando aquilo que de facto nos faz felizes, está a maior parte das vezes mesmo ao nosso lado e é tão simples.
Pensamento do dia 5-12-2007
(Pitágoras)
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Musica de hoje: Charlie Chaplin - Luzes da Ribalta
A musica, a principal do filme, é de um som melancólico irrepreensível, que puxa pelo sentimento.
Definitivamente....
Ainda não percebi bem qual o impacto, quais as consequências, de um email enviado para o destinatário errado. É raro fazer o que fiz, escrever um longo email, um longo desabafo, dirigido a uma pessoa amiga, e enviá-lo para outra. Fiquei sem saber o que fazer, pois mesmo tendo consciência do conteúdo do mesmo, e que quem o leu, já conhecia a maior parte do que lá estava, do que me vai dentro da alma, toda a situação acabou por resultar num momento de embaraçoso e delicado.
É como se estivesse a construir um castelo de cartas, e sempre que se começa a erguer e a ganhar forma, a ganhar altura, vem um vento forte que derruba um alicerce, e cai tudo. Hoje senti que fui eu quem soprou inadvertidamente.
Sinto-me triste por isso, e por isso mesmo a escolha da música de hoje.
Dias melhores virão.
Pensamento do dia 4-12-2007
O amor é uma actividade, não um afecto passivo; é um acto de firmeza, não de fraqueza...é propriamente dar, e não receber.
(Erich Fromm)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
O meu Natal....
Aproxima-se o Natal, e este, será bem diferente dos ultimos dois anos.
Há dois anos, estava ainda casado, e a reunião familiar de consoada, era sempre uma azáfama, sobretudo por causa das prendas, algo que sempre manifestei o meu desadgrado, pelo consumismo existente, e pela quase lei da obrigatoriedade de a todos dar prenda, o que implica dar algo excessivamente acima do preço que no conjunto se deveria gastar, ou na maior parte dos casos, dar algo por dar, algo que as pessoas não necessitam nem precisam para serem felizes.
O ano passado foi um Natal bem diferente, e espero que único. Junto da família mais próxima, em número bem mais pequeno, reduzida pelo divórcio e pela morte de pessoas intimas, e pelas condicionantes do momento, sem a minha filha.
Lembro-me que à meia-noite, de 24 para 25, me encontrava a conduzir sozinho, algures perdido entre Benfica e a Pontinha, para ir dormir a uma casa que não era a minha, num sofá onde cedo me deitei. A única alegria nesse momento foram uns sms's cheios de sentimento e saudades trocados, com alguém que possivelmente não se irá repetir este ano. Na altura uma das mensagens recebidas, recordo como se fosse hoje, foi: "Para o ano já vai ser bem diferente". De facto vai ser, mas longe do pensamento da altura.
Este fim de semana, tive a confirmação de que a ceia de Natal, será passada na minha casa. Fico feliz com isso, e com a certeza de que terei o prazer de receber 11 pessoas, a minha familia mais próxima que tenho, incluindo a Beatriz. O facto de ela estar presente, de ter uma àrvore de Natal feita a dois, nesta casa que desde Fevereiro é o meu espaço, e que a muito custo, e com mágoas no meio, fui conquistando ao longo do último ano.
A àrvore, a lareira acesa, um sorriso de uma criança, devolvem-me muito do verdadeiro espírito natalíco que já tinha perdido.